5 dicas para o regresso às aulas

5 dicas para o regresso as aulas

O mês de setembro representa para muitos jovens, o começo de mais um ano letivo. Apesar de encararem o regresso às aulas com algum entusiasmo e expectativa, por envolver o reencontro com colegas e professores, existem também sentimentos de stress e ansiedade devido ao regresso dos deveres e obrigações, o regresso das avaliações dos trabalhos da escola e dos exames, ou seja acabaram as férias e é altura de adotar novos hábitos e novos horários, exigindo um esforço tanto para os pais como para os filhos. 

É por isso importante que os pais e/ou educadores, acompanhem este processo desde o início das aulas, para que os seus filhos se sintam mais confiantes e seguros, desenvolvendo mais adequadamente a sua autoestima, e assim serem capazes de enfrentar desafios de forma imediata. Desta forma, deve-se transmitir a ideia de que o regresso à escola é algo positivo, que traz coisas boas, nomeadamente no traçar objetivos e alcançar metas. 

Este é um momento entusiasmante para os jovens, mas é também marcado por receios, dúvidas e nervosismo, pelo o que deixo ao longo deste artigo algumas ações simples para prepararem com maior tranquilidade o regresso às aulas.

1ªDica – Análise da situação atual 

O desconforto e ansiedade associado ao início de um novo ano escolar está:

– relacionado com a insegurança face ao desconhecido, seja por se iniciar um novo ciclo de ensino, uma nova escola, com novos professores e até colegas;

– ou relacionado com as expetativas que se geram por se tratar de um ano já decisivo ao nível dos objetivos futuros.

Ora perceber em conjunto sobre o que esperar deste novo ano vai ajudar os jovens a prepararem-se para esta transição. E para isso nada melhor do que começarmos por identificar quais são os seus principais receios e dúvidas.

Exercício: Numa folha A4, façam uma lista desses receios e dúvidas, e para cada um desses tópicos debatam e escrevam soluções/alternativas que minimizem esses sentimentos. No fim da folha terminem a seguinte frase:

Agora que identifiquei e encarei cada um dos meus receios sinto-me______________________.

2ª Dica – Identificação do tipo de memorização predominante do jovem

Verifico muitas vezes ao longo das minhas sessões que os jovens não sabem qual o seu tipo de memorização predominante. Ora se não sabem isso, como é que vão perceber qual o método de estudo que mais se adequa a si e que lhe vai trazer melhores resultados ao longo do ano? 

É por isso que antes mesmo de começarem as aulas, eu aconselho que identifiquem o tipo de memorização mais preponderante e que melhor se adapta ao jovem. Aqui ficam os tipos de memorização que existem: 

Auditiva – são aquelas pessoas que memorizam logo sons ou musicas e que basta estarem atentas nas aulas para memorizar grande parte da matéria. Para estas pessoas ler em voz alta, gravar áudios e depois ouvir são excelentes estratégias. Tal como debater com colegas a matéria, ou explicar a uma outra pessoa.

Visual estas pessoas têm grande facilidade em memorizar o que está a ver. Aquelas pessoas que nunca se esquecem de uma cara, imagens, nomes de pessoas numa imagem ou slogan de um outdoor. A melhor forma de memorizares é através de gráficos, imagens ou esquemas e tabelas. Transforma os teus resumos em mapas mentais e infográficos.

Leitura/escrita – pessoas que memorizam através de leitura e escrita, ou seja desenvolvem-se mais pelas palavras e listas do que por sons ou imagens. Memorizam mais facilmente a ler ou escrever do que a ouvir o professor. Devem assim apostar em fazer os seus próprios resumos com listas e tópicos e ler e reler a matéria. E devem transpor gráficos e esquemas em frases e responder a exames antigos. Uma dica muito importante relativamente aos resumos, eles não são cópias dos livros, deves colocar o conteúdo pelas tuas próprias palavras.

Cinestésica – memorizam quando colocam em prática o que aprendem. Procuram encontrar na matéria e nas palavras o que seja relevante, prático e real através de todos os sentidos. Devem transpor a matéria para o máximo possível de exemplos e estudos de caso e incluir mais resumos de colegas para comparar mais do que 1 ponto de vista, e usar a auto explicação (que não ler em voz alta mas sim explicar o significado dos conceitos).

Exercício: vão ao site https://vark-learn.com/home-portuguese-pt/

(é um dos vários sites que podem utilizar) onde podem fazer o teste online para descobrir qual o tipo de memorização que predomina sobre os jovens. 

Na verdade na maioria dos casos temos mais do que 1 tipo de memorização. O que é ótimo pois assim podes utilizar mais do que uma estratégia de estudo para otimizar os teus resultados em função da matéria em si. Saberes isso antes das aulas começarem, acredita que te vai dar mais confiança nos resultados que vais obter.

3ª Dica – Identificação dos pontos fortes e dos pontos a melhorar

Agora que já analisaram a situação atual e qual o tipo de memorização mais adequado, vamos identificar quais as competências mais fortes e quais as que devemos trabalhar ao longo do ano.

Exercício: dividam uma folha A4 em 3 colunas. Na 1ª coluna do lado esquerdo devemos escrever os nossos pontos fortes enquanto estudantes, como por exemplo: sou metódico, sou esforçado, sou atento nas aulas, estudo com antecedência, sou participativo nas aulas ou nos trabalhos de grupo, sou competitivo, etc, etc. Tudo o que se possam lembrar e que os caracterizam de forma positiva enquanto estudantes, se tiverem dificuldades nessa listagem falem com colegas ou com professores (se possível). Na coluna do meio dessa folha, vamos listar os aspetos que consideramos que deveriam melhorar, como por exemplo: ser mais organizado, falar menos nas aulas, estudar sem ser de véspera, participar mais nas aulas, tirar dúvidas com professores, gerir melhor a ansiedade, gerir melhor o tempo, estar menos tempo nas redes sociais, etc. Finalmente na coluna da direita vamos colocar resoluções para trabalhar cada um dos aspetos a melhorar. Perguntem-se todos, jovens, amigos e familiares, incluam todas as ideias e sugestões de coisas que podem fazer diferente para melhorar cada um dos fatores colocados na coluna do meio. E deste trabalho conjunto comecem a assumir compromissos com quem vos rodeia. 

Nota: Coloquem essa lista como reminder num sítio bem visível para todos, e revejam no final de cada 2meses, para que procedam aos devidos acertos, sim porque provavelmente algumas ideias podem não estar a ter o surtido efeito, e outras necessidades entretanto podem surgir. 

4ªDica – Definição de objetivos a atingir

Nas minhas sessões gosto que os jovens definam os seus objetivos, e que eles se responsabilizem pelos mesmos. Estes objetivos devem ser uma mistura de ambição com realismo, de nada me serve apontar para muito alto ou muito baixo se isso não me motivar. Encontrar o equilíbrio é importante para que as metas a que me propus verdadeiramente me façam acionar o meu foco e a minha dedicação. Por outro lado estes objetivos devem ser específicos e mensuráveis, um exemplo de objetivos que não me vão ajudar: quero melhorar as minhas notas, ou quero ter nota positiva a tudo, ambos são objetivos muito vagos, e deixam muita margem de manobra o que não vai ajudar no foco e satisfação na sua perseguição.

Exercício: peçam aos jovens para definirem os objetivos do seu ano escolar, e que estes sejam específicos e mensuráveis. Assim será claro e compreensível para todos o grau de satisfação ou insatisfação perante os resultados obtidos. 

 5ªDica – Comunicação pais/filhos

Depois de aplicarem as técnicas acima referidas, a melhor forma de saber se os jovens estão preparados para o regresso, e fazerem o devido acompanhamento, passa por estabelecer uma comunicação aberta e confortável com eles sobre o tema. Muitos especialistas afirmam que os principais problemas familiares surgem quando não existe em casa um acompanhamento adequado, como o diálogo inexistente e ineficaz. Portanto, é importante todo o apoio e orientação, para que o seu filho se torne desde o primeiro dia de aulas, um aluno bem-sucedido.

Cultivar atitudes positivas com o seu filho, dando um abraço ou dando uma boa gargalhada antes de saírem de casa (contribui para libertar emoções da nossa corrente sanguínea, ativando a serotonina, um neurotransmissor considerado o hormônio do bem-estar e da felicidade).

Ao nível da comunicação à medida que os dias vão passando, faça-lhes perguntas regularmente sobre o dia-a-dia na escola, os melhores e piores momentos do dia, questione-o sobre as suas dúvidas e de que forma pode ajudar. Quando o fizer, ouça primeiro o que eles têm a dizer, sem interromper. Em seguida, é importante mostrar-lhes que as suas opiniões e sentimentos são válidos e que está a ouvi-los ativamente, ajudando-os a reportar e ultrapassar obstáculos que provavelmente encontrarão durante o ano letivo.

Enquanto coach vocacional e ao longo das centenas de jovens com quem tive o prazer de trabalhar, a comunicação é essencial para que eles se sintam compreendidos e que não estão isolados sejam quais forem os receios ou dúvidas que possam estar a passar no seu percurso académico. É uma aprendizagem permanente tanto para os jovens como para os pais, por isso grande parte do sucesso consiste no entendimento contínuo das expectativas e exigências de ambas as partes e chegarem a consensos e compromissos através de uma boa comunicação. 

Bom regresso às aulas para todos, let´s do this!

Sobre mim

Olá, o meu nome é Hugo Morais, sou um coach vocacional e o meu propósito está ligado ao teu!

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